Em setembro Moro vai ouvir Marcos Valério sobre a operação Lava Jato Juiz de Contagem autorizou viagem do operador do mensalão a Curitiba para audiência; Valério será escoltado até o Paraná para o depoimento

Juiz de Contagem autorizou viagem do operador do mensalão a Curitiba para audiência; Valério será escoltado até o Paraná para o depoimento

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PUBLICADO EM 20/08/16 - 03h00
São Paulo. O operador do mensalão Marcos Valério Fernandes foi autorizado ontem pelo juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de Execuções Penais de Contagem, na região metropolitana, a depor sobre a operação Lava Jato em audiência na Justiça Federal do Paraná, agendada para o dia 12 de setembro, em Curitiba.
Em vez de ser ouvido por videoconferência, Marcos Valério – que cumpre pena de 37 anos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem – será escoltado até o Paraná para o depoimento, que será presidido pelo juiz que comanda as ações da operação, Sergio Moro.
Valério é réu em processo decorrente da 27ª etapa da Lava Jato, que investigou a destinação de parte dos R$ 12 milhões tomados em empréstimo para o PT pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin.
Ontem, ao G1, o advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário, disse que seu cliente poderia ser ouvido por videoconferência: “Não há necessidade de ele ser levado para Curitiba. Fica parecendo que há um desejo de fazer um espetáculo midiático. Envolve gasto público desnecessário”. O advogado argumentou, ainda, que Valério deve repetir a Moro o que já afirmou à Procuradoria Geral da República (PGR) em depoimento em 2012.
Em tentativa de negociação de delação premiada com a Procuradoria, Valério disse que parte dos recursos foi repassada ao empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC”. O operador é investigado por suspeita de participar da ocultação dos valores.
Esquema. O dinheiro, segundo o procurador Diogo Castro de Mattos, seria usado para comprar ações do citado jornal. Já o objetivo dessa transação, de acordo com Marcos Valério, devia-se ao fato de o veículo estar ligando Ronan a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), ocorrida em janeiro de 2002, supostamente por ele ter ordenado o fim de esquema de propinas em sua administração – para o Ministério Público, o dinheiro ilícito abastecia o caixa do partido.
Os investigadores sustentam que mais de R$ 5 milhões teriam ido para o caixa do empresário. “Os autos 5048967-66.2015.404.7000 e demais correlatos versam sobre o recebimento de mais de R$ 5 milhões por parte do empresário, provavelmente provenientes do Banco Schahin, oriundos de um complexo esquema de lavagem de capitais, cujos recursos foram pagos posteriormente pela Petrobras mediante um plano arquitetado para beneficiar pessoas conectadas diretamente ao PT”, afirma a Procuradoria Geral da República.
Assad
Doleiro. A Lava Jato prendeu ontem, em SP, cumprindo ordem de Sergio Moro, o lobista Adir Assad. Investigado em outras operações contra a corrupção, ele foi encaminhado a Curitiba.

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