.Por Fernando Brito · 19/08/2016
Há dois dias anunciou-se a fusão entre os grupos Kroton e Estácio, formando o maior conglomerado de educação superior privada do país.
No final do mês passado, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) divulgou o perfil dos estudantes das universidades federais brasileiras, resumido hoje em matéria do Estadão.
Metade (51,43%) dos alunos tem renda familiar inferior a R$ 2.440, ou três salários mínimos. Em números absolutos, 483 mil estudantes.
Em 2010, essa parcela era de 40,66%, e muito menor ainda em números absolutos: 267 mil.
Ou 216 mil universitários a mais vindos de famílias pobres, como registra o relatório da pesquisa:
É preciso “ligar os pontinhos” para que se entenda o que move o interesse pela privatização do ensino público de nível superior?
Pense, agora, que um movimento de privatização das universidades federais, claro, arrastará as estaduais para o mesmo caminho e não se espante se este número dobrar.
Agora consulte na internet os preços de mensalidades em universidades privadas e multiplique.
Deu para ver o quanto de dinheiro há neste negócio?
E o quanto de exclusão ele representa?
Usa-se, asquerosamente, o fato de que muitas universidades federais são procuradas pela elite por conta da qualidade como cobertura para dizer que lá só estão os “riquinhos”.
Os que gostam de dizer isso, se tiverem algum apreço pela inteligência que acham possuir, olhem aqui os números estratificados da renda dos graduandos em universidades públicas e vejam se não capazes de continuar a dizer tamanha asneira.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
Há dois dias anunciou-se a fusão entre os grupos Kroton e Estácio, formando o maior conglomerado de educação superior privada do país.
No final do mês passado, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) divulgou o perfil dos estudantes das universidades federais brasileiras, resumido hoje em matéria do Estadão.
Metade (51,43%) dos alunos tem renda familiar inferior a R$ 2.440, ou três salários mínimos. Em números absolutos, 483 mil estudantes.
Em 2010, essa parcela era de 40,66%, e muito menor ainda em números absolutos: 267 mil.
Ou 216 mil universitários a mais vindos de famílias pobres, como registra o relatório da pesquisa:
(…)no Nordeste eles são quase 64%,
por conta de um aumento de mais de 14% em sua participação regional
desde 2010, antes em cerca de 50%. Igualmente, outra região com elevada
participação desses estudantes em seus totais regionais é o Norte, cuja
participação se manteve praticamente estável em torno de 63%, pouco
abaixo da registrada no Nordeste, sendo seguida da região Sul, que
passou de 31,35% para 46,61%, do Centro Oeste, que subiu de 33,36% para
41,64%, e do Sudeste, com 41,34% ante o 31,31% em 2010.
Se elevarmos até 5 salários mínimos (R$ 4.400) a renda, a parcela
hoje passa de 71% dos 939 mil estudantes da rede federal de ensino
superior.É preciso “ligar os pontinhos” para que se entenda o que move o interesse pela privatização do ensino público de nível superior?
Pense, agora, que um movimento de privatização das universidades federais, claro, arrastará as estaduais para o mesmo caminho e não se espante se este número dobrar.
Agora consulte na internet os preços de mensalidades em universidades privadas e multiplique.
Deu para ver o quanto de dinheiro há neste negócio?
E o quanto de exclusão ele representa?
Usa-se, asquerosamente, o fato de que muitas universidades federais são procuradas pela elite por conta da qualidade como cobertura para dizer que lá só estão os “riquinhos”.
Os que gostam de dizer isso, se tiverem algum apreço pela inteligência que acham possuir, olhem aqui os números estratificados da renda dos graduandos em universidades públicas e vejam se não capazes de continuar a dizer tamanha asneira.
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