Que falta o Cunha faz, não é, Michel Temer? Seria demais exigir de um filho de Cesar Maia que não carregasse o vício do factóide em seu DNA. Já no reinício dos “trabalhos” parlamentares Rodrigo Maia cometeu dois erros crassos, que vão custar... Lewandowski não quer julgamento de Dilma em final de semana, diz Lyra




Que falta o Cunha faz, não é, Michel Temer?

Seria demais exigir de um filho de Cesar Maia que não carregasse o vício do factóide em seu DNA. Já no reinício dos “trabalhos” parlamentares Rodrigo Maia cometeu dois erros crassos, que vão custar...
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Seria demais exigir de um filho de Cesar Maia que não carregasse o vício do factóide em seu DNA.
Já no reinício dos “trabalhos” parlamentares Rodrigo Maia cometeu dois erros crassos, que vão custar caro à bolsa de “bondades” de Michel Temer e que lhe causam um estrago sem precedentes junto à feroz matilha neoliberal da mídia.
O primeiro foi o “lançamento” da candidatura Temer em 2018. Maia fez aquilo que era murmúrio ganhar “aspas” como se diz em linguagem jornalística. Obrigou o presidente interino a uma negativa chocha – chocha porque falsa – de que pretenda o cargo, o que não serviu para livrá-lo de tomar uma carrada de desaforo dos colunistas atucanados da grande mídia.
Ao ponto de despertar uma defesa de seu direito político a candidatar-se, hoje, de Elio Gaspari, em termos em que deus me livre de ser defendido, tão deprimente é a narrativa de seus atos na interinidade. E, de quebra, ainda trouxe de volta o assunto de sua inelegibilidade, que é coisa que e”se resolve”. Sabe-se que “jeitinho” é com “J”, embora Gilmar seja com “G”.
Os tucanos, embora fingindo aceitar todos os desmentidos de Temer, estão de tesoura em punho para podar suas asas e vão regatear cada voto em seus projetos na Câmara, exceto aqueles que forem de arrocho ao trabalhador, como Previdência e CLT, carne a que seus bicos não resistem.
O segundo erro crasso de Maia foi marcar, antes de resolvido o “imbroglio” da votação do alongamento das dívidas dos estados” a leitura do relatório da Comissão de Ética para a próxima segunda-feira.
Contava em votar ontem o acordo da dívida, depois das concessões feitas pelo Governo, especialmente aquela que deixava juízes e Ministério Público fora do arrocho imposto ao resto do funcionalismo. Não deu, porque a base aliada, segundo O Globo, quer  retirar a maior parte das exigências de controle de gasto com pessoal e ajuste fiscal impostas pela equipe econômica para conceder um prazo extra de 20 anos para os estados quitarem seus débitos.
Como a votação do projeto da dívida  foi levada para a semana que vem, estabeleceu-se uma distância muito curta em relação à votação da cassação de Cunha – que, em tese, poderia ocorrer na quinta-feira. Os remanescentes do cunhismo, claro, farão de tudo para que não haja quorum ou para obrigar Maia ao vexame de, lido o relatório, não marcar a votação.
E já contam com a tolerância dos “moralistas”, como registra O Globo:
Se os aliados de Cunha querem ajudá-lo, adiando a votação, deputados da antiga oposição admitem nos bastidores que seria sensato aguardar o impeachment de Dilma e evitar, assim, qualquer tipo de turbulência.
— O melhor é não correr o risco de fazer qualquer tipo de marola numa piscina que está com água tranquila — afirmou um tucano.
No centrão, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), defendeu que a cassação aconteça depois:
— Seria uma consideração com Cunha, protagonista desse processo.
Arantes, para quem não se recorda, foi o relator do processo de admissibilidade do impeachment na Câmara, e com Dilma  não teve nenhuma “consideração”.
Maia, que foi guindado à presidência com o desejo de Temer de livrar-se de Cunha, estava “se achando”. Deve ter caído à dura realidade de ser, ainda, “boi novo na boiada”.
Podem esquecer os “bons tempos” de Cunha, que impunha datas e vontades como queria na Câmara dos Deputados.
Saiu o feiticeiro e entrou o aprendiz de bruxarias.

Lewandowski não quer julgamento de Dilma em final de semana, diz Lyra

Segundo Raimundo Lira, presidente da Comissão do Impeachment, o ministro Ricardo Lewandowski não vai ceder á pressão de Michel Temer para antecipar o julgamento final do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ele confirmou,...

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Segundo Raimundo Lira, presidente da Comissão do Impeachment, o ministro Ricardo Lewandowski não vai ceder á pressão de Michel Temer para antecipar o julgamento final do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ele confirmou, depois de um encontro com o presidente do Supremo Tribunal, que a votação da pronúncia acusatória de Dilma acontecerá no dia 25 de agosto, uma quinta-feira.
Diz o Valor que Lewandowski não aceitará sessões feitas durante o final de semana, o que adiaria para segunda, 29, o início da planejada “execução” de Dilma, que deve durar dois dias. Se é de fato assim, o Governo sai tosquiado do episódio onde buscava lã.
Até Renata Lo Prete, na Globonews, disse que Renan e Temer usavam como moeda de troca na antecipação da  indicação de Marx Beltrão, de Alagoas e réu no STF, para o Ministério do Turismo. E dificilmente o Supremo, apesar da vontade de Gilmar Mendes, vai querer se meter neste embrulho.
O presidente interino e o presidente do Senado, mesmo no pântano que se tornou a política brasileira, ficam mais expostos do que já estão pela consumação de um golpe de estado ser movida pelo combustível explícito da barganha política.
E não foi a única derrota do governo golpista, ontem. O “rolo compressor” sobre a maioria parlamentar, que já vinha rateando, empacou. Ao menos por alguns dias. Leia no próximo post.
 copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog

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