Argelinos sem visto que invadiram a pista tinham bilhetes para Cabo Verde
Sindicato dos inspetores do SEF denuncia falha de segurança no aeroporto
GONÇALO VILLAVERDE/GLOBAL IMAGENS
Pista do aeroporto de Lisboa encerrou sábado devido a invasão de pista por quatro argelinos. MAI diz que protocolo foi cumprido
A
ministra da Administração Interna garante que não houve falhas de
segurança no sábado à noite, quando quatro argelinos conseguiram chegar à
pista do aeroporto de Lisboa, naquela que terá sido uma aparente
tentativa de imigração ilegal. Mas o presidente do Sindicato da Carreira
de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
(SCIF) denuncia que é necessário um reforço dos meios de segurança no
aeroporto e que houve efetivamente uma falha que permitiu aos quatro
indivíduos ter acesso a áreas interditas aos passageiros.
Acácio Pereira disse à
TSF
que, apesar de já ter sido anunciado um reforço dos meios, "não vemos
esse reforço materializado". E refere que apesar de ter sido seguido o
protocolo, o caso mostra que são necessárias medidas adicionais de
segurança, já que os passageiros não são acompanhados por quaisquer
funcionários do aeroporto quando saem dos autocarros que os levam dos
aviões de onde desembarcam até à porta de acesso da área internacional.
Também
à rádio, Acácio Pereira revelou que foi já pedida uma reunião à
ministra da Administração Interna para debater este e outros assuntos.
O
sindicato dos inspetores do SEF junta-se assim nas críticas ao
presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e
Terrorismo (OSCOT). Ao DN, António Nunes disse que foi uma "falha grave a
que permitiu que quatro argelinos que chegaram a Lisboa num voo de
Argel, às 19.34 de sábado, tenham conseguido invadir a pista do
Aeroporto Humberto Delgado numa fuga desesperada por não terem visto
para permanecer em Portugal".
Esta não
foi a primeira falha de segurança no aeroporto. Em maio, o angolano Gima
Calunga foi condenado por invadir a pista munido de uma faca mas foi
ilibado da suspeita de terrorismo. Desde essa situação, a PSP adotou
novos procedimentos de segurança. Após os atentados de Paris, em
novembro, houve um reforço policial, com elementos da Unidade Especial
de Polícia armados de metralhadoras e com coletes à prova de bala.
Os
quatro argelinos que obrigaram a encerrar o aeroporto no fim de semana,
após a invasão de pista, serão esta segunda-feira ouvidos em tribunal.
Os documentos com que viajavam são verdadeiros e não revelaram qualquer
ligação a grupos terroristas.
copiado http://www.dn.pt/portugal/in
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