Não é “rombinho”, é “rombo do rombo” no déficit público.
Mais cedo, quando se divulgou a queda recorde na arrecadação dos tributos federais, falou-se o óbvio: o rombo nas contas do Tesouro será estrondoso.
Repito o que digo, é inseguro que se consiga ficar dentro do “rombão” de R$ 170 bilhões enfiado goela abaixo do Congresso logo depois da posse de Michel Temer.
O rombo foi previsto com uma queda real na arrecadação de 4%.
Em agosto foi de 10,12% em valor real, com arredação de R$ 91,8 bilhões.
Em setembro, para ficar dentro do planejado, (arrecadação de setembro de 2015, corrigida pela inflação e descontada de 4%) teria de chegar a R$ 99 bilhões.
Ou um crescimento nominal de quase 10% em um mês.
E olha que setembro do ano passado, como já se observou antes, já foi ruim “pra cachorro”,
É tão ruim a situação que o Tesouro passou a fazer um gráfico “despedalado”, o que mostro lá em cima, tirado da página oficial.
Explico: começou a apresentar a curva (ou melhor, a ladeira) do déficit “descontando” do acumulado em 12 meses o pagamento deito de todos os débitos que o Tesouro tinha com os bancos públicos.
Nem assim adianta.
A projeção “atenuada” dá um déficit de 169,4 bilhões, R$ 1 bi abaixo do teto de R$ 170,5 bi.
Mas isso contando que a receita pare de cair em relação aos meses anteriores de 2016, em valores reais.
Só com muita oração….
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