Fundo de Resolução
Governo coloca travões ao Fundo de Resolução e facilita entrada da Fosun no BCP
-
Banca
Governo coloca travões ao Fundo de Resolução e facilita entrada da Fosun no BCP
Governo altera condições do empréstimo do Estado para evitar contribuições extra pagas pela banca. Fosun também agradece
A redução da incerteza associada ao
empréstimo vem da “elasticidade” que agora foi atribuída ao crédito
estatal, cuja maturidade pode agora variar conforme mais convier. A
vontade do governo é que os pagamentos anuais da banca ao Fundo de
Resolução não ultrapassem os montantes que os bancos já pagam através
das “receitas da contribuição ordinária e da contribuição sobre o setor
bancário”, o que permitirá manter “o esforço de contribuição ao nível
atual”, evitando-se o recurso “a contribuições extraordinárias”. E,
garante o executivo, este evitar de contribuições extraordinárias será
uma realidade mesmo que as responsabilidades do Fundo cresçam.
“Quaisquer aumentos ou reduções de
responsabilidades decorrentes da materialização de contingências futuras
determinarão o ajustamento da maturidade dos empréstimos do Estado e
dos bancos ao Fundo de Resolução, mantendo-se o esforço contributivo
exigido ao setor bancário nos níveis atuais”, dizem as Finanças.
Colocando de outra forma: “A maturidade do
empréstimo será ajustada de forma a garantir que não será necessário
proceder à cobrança de contribuições extraordinárias, independentemente
das receitas ou das responsabilidades adicionais que o Fundo de
Resolução possa vir a receber ou a pagar na sequência das medidas de
resolução aplicadas ao BES e ao Banif”, conforme explicou o Fundo de
Resolução posteriormente.
Fundo de Resolução e Fosun
Além de trazer previsibilidade aos custos dos
bancos com o Fundo de Resolução, a alteração a este empréstimo também
veio de encontro a exigências apresentadas pela chinesa Fosun quando
avançou com uma proposta para tomar 16,7% do capital do BCP.
Entre as condições estipuladas na sua
proposta para entrar no banco de Nuno Amado, o grupo chinês, dono da
seguradora Fidelidade, pedia a “clarificação por parte das autoridades
competentes quanto à desnecessidade de realização de contribuições
especiais” para o Fundo de Resolução, algo a que as alterações ontem
comunicadas pelo governo respondem, isto porque os restantes empréstimos
a que o Fundo recorreu – junto da banca – também irão ser revistos no
mesmo sentido.
copiado http://www.dn.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário