Pesquisas municipais: não há provas, mas há desconfianças
Este blog tem evitado expressar sua posição sobre candidatos a
prefeito nas capitais. Em primeiro lugar, porque o Ziraldo, numa
antológica charge feita em 1974, quando os candidatos a senador do velho
MDB venceram os...
Este blog tem evitado expressar sua posição sobre candidatos a prefeito nas capitais.
Em primeiro lugar, porque o Ziraldo, numa antológica charge feita em 1974, quando os candidatos a senador do velho MDB venceram os pró-ditadura da Arena por todo o país, enquanto esta conquistava a maioria esmagadora das assembleias legislativas, resumiu muito bem a relativa despolitização de eleições quanto mais locais elas são: “pra federal a gente vota contra, pra estadual vota a favor“.
As candidaturas “neutras” de personagens como Marcelo Crivella e Celso Russomano, que se fingem de “mortas” em relação a Temer são um retrato desta “provincialização” eleitoral.
Depois, porque o campo progressista está com divisões lamentáveis, no Rio e em São Paulo e em muitas capitais, o que lhe valerá o imenso risco de ficar fora do turno decisivo.
Pessoalmente, meu voto será da corajosa Jandira Feghali, companheira de décadas de luta política e que mantém, todo o tempo, a coerência e honradez. Alguns de meus amigos vão votar em Marcelo Freixo, em quem – apesar de respeitar as posições que toma a nível nacional – ainda não vejo o que possa fazê-lo candidato melhor do que Jandira.
Mas o que está intrigando é a enxurrada quase diária de pesquisas e os movimentos que elas apresentam. Um ponto para cá, um ponto para lá, dão a impressão nítida que estão “segurando” percentuais para “montar” cenários de segundo turno que sejam mais convenientes.
A credibilidade dos institutos de pesquisa, sobretudo depois que a Folha escondeu o desejo da maioria dos brasileiros por novas eleições, está muito abaixo de zero.
A queda de Marta Suplicy e a subida de Fernando Haddad, ambas “a conta-gotas”, estão esquisitas que dói.
Óbvio que o PT, depois de dois anos de massacre midiático, vai muito mal das pernas. E que era natural que perdesse muito terreno. Mas não é bicho morto nem deixou de ter força.
Os muitos anos de janela me dizem que aí tem coisa…O problema é que as pesquisas são uma espécie de profecia autorrealizável, quando o “favoritismo” de um ou dois pontos que elas aponta dirige o voto dos que querem evitar a vitória do conservadorismo.
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Este blog tem evitado expressar sua posição sobre candidatos a prefeito nas capitais.
Em primeiro lugar, porque o Ziraldo, numa antológica charge feita em 1974, quando os candidatos a senador do velho MDB venceram os pró-ditadura da Arena por todo o país, enquanto esta conquistava a maioria esmagadora das assembleias legislativas, resumiu muito bem a relativa despolitização de eleições quanto mais locais elas são: “pra federal a gente vota contra, pra estadual vota a favor“.
As candidaturas “neutras” de personagens como Marcelo Crivella e Celso Russomano, que se fingem de “mortas” em relação a Temer são um retrato desta “provincialização” eleitoral.
Depois, porque o campo progressista está com divisões lamentáveis, no Rio e em São Paulo e em muitas capitais, o que lhe valerá o imenso risco de ficar fora do turno decisivo.
Pessoalmente, meu voto será da corajosa Jandira Feghali, companheira de décadas de luta política e que mantém, todo o tempo, a coerência e honradez. Alguns de meus amigos vão votar em Marcelo Freixo, em quem – apesar de respeitar as posições que toma a nível nacional – ainda não vejo o que possa fazê-lo candidato melhor do que Jandira.
Mas o que está intrigando é a enxurrada quase diária de pesquisas e os movimentos que elas apresentam. Um ponto para cá, um ponto para lá, dão a impressão nítida que estão “segurando” percentuais para “montar” cenários de segundo turno que sejam mais convenientes.
A credibilidade dos institutos de pesquisa, sobretudo depois que a Folha escondeu o desejo da maioria dos brasileiros por novas eleições, está muito abaixo de zero.
A queda de Marta Suplicy e a subida de Fernando Haddad, ambas “a conta-gotas”, estão esquisitas que dói.
Óbvio que o PT, depois de dois anos de massacre midiático, vai muito mal das pernas. E que era natural que perdesse muito terreno. Mas não é bicho morto nem deixou de ter força.
Os muitos anos de janela me dizem que aí tem coisa…O problema é que as pesquisas são uma espécie de profecia autorrealizável, quando o “favoritismo” de um ou dois pontos que elas aponta dirige o voto dos que querem evitar a vitória do conservadorismo.
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