Em entrevista exclusiva à TVE Bahia, ex-presidente chama ex-vice de "presidente ilegítimo e usurpador".
Na primeira entrevista
desde seu afastamento, a ex-presidente Dilma Rousseff citou a
declaração em que Michel Temer diz que o impeachment foi motivado por
Dilma não aceitar o plano econômico do PMDB, e não por supostas
irregularidades praticadas por ela. A fala de Temer foi noticiada em primeira mão pelo The Intercept Brasil na quinta-feira (22) passada.
Veja a declaração de Dilma aqui:
O comentário da ex-presidente refere-se a um discurso dado por Temer na sede da Sociedade Americana/Conselho das Américas (AS/COA), em Nova York, na quarta-feira passada, dia 21, quando disse que ele e seu partido começaram a articular o afastamento de Rousseff em consequência direta da não aceitação, pela ex-presidente, do programa neoliberal do PMDB chamado “Ponte para o Futuro”.
Veja o vídeo aqui:
No mesmo evento em Nova York, as medidas foram descritas em mais detalhes pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O grupo de empresários na plateia era composto membros corporativos do Conselho das Américas (COA) e convidados das organizações colaboradoras, a AmCham, Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos e BRAiN, Brasil Investimentos & Negócios.
Ao fim da palestra, os investidores tiveram a oportunidade de fazer ao ministro apenas duas perguntas que ilustram bem as preocupações que Dilma cita na entrevista à TVE. Um representante do setor automotivo perguntou “quando será que estrangeiros adquirirão terras no Brasil”, e um participante que não se identificou perguntou sobre os “planos do governo para lidar com possíveis agitações sociais em consequência a essas medidas que afetarão os bolsos de todos os brasileiros”.
A fala inesperada de Temer foi noticiada por vários meios de comunicação da mídia independente, mas foi completamente ignorada por toda a mídia tradicional, com exceção da revista Exame, Carta Capital e Jornal do Brasil.
Veja a declaração de Dilma aqui:
“Além disso, havia também os que, com prontuário, queriam uma outra coisa: ‘Vamos aplicar um programa de governo que não foi aprovado nas urnas, um outro programa de governo.’ E isso tá sendo confessado, tem uma coisa interessante nesse golpe, eles confessam o golpe. Dois dias depois. Eles vão confessando. A última confissão foi feita pelo presidente ilegítimo e usurpador, atual no cargo, que disse o seguinte: ‘nós fizemos o impeachment para poder aplicar o programa Ponte para o Futuro’. Ora, o programa Ponte para o Futuro, que tira direito trabalhistas, tira direitos sociais, que privatiza, que vende as terras a estrangeiros, esse programa não foi aprovado nas urnas. Então, essa é uma outra razão do golpe.”A entrevista foi conduzida pelo jornalista Bob Fernandes para a TVE Bahia e será transmitida nesta terça-feira, às 20h40, na TVE e no portal do canal.
O comentário da ex-presidente refere-se a um discurso dado por Temer na sede da Sociedade Americana/Conselho das Américas (AS/COA), em Nova York, na quarta-feira passada, dia 21, quando disse que ele e seu partido começaram a articular o afastamento de Rousseff em consequência direta da não aceitação, pela ex-presidente, do programa neoliberal do PMDB chamado “Ponte para o Futuro”.
Veja o vídeo aqui:
No mesmo evento em Nova York, as medidas foram descritas em mais detalhes pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O grupo de empresários na plateia era composto membros corporativos do Conselho das Américas (COA) e convidados das organizações colaboradoras, a AmCham, Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos e BRAiN, Brasil Investimentos & Negócios.
Ao fim da palestra, os investidores tiveram a oportunidade de fazer ao ministro apenas duas perguntas que ilustram bem as preocupações que Dilma cita na entrevista à TVE. Um representante do setor automotivo perguntou “quando será que estrangeiros adquirirão terras no Brasil”, e um participante que não se identificou perguntou sobre os “planos do governo para lidar com possíveis agitações sociais em consequência a essas medidas que afetarão os bolsos de todos os brasileiros”.
A fala inesperada de Temer foi noticiada por vários meios de comunicação da mídia independente, mas foi completamente ignorada por toda a mídia tradicional, com exceção da revista Exame, Carta Capital e Jornal do Brasil.
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