100 dias de Temer: rombo fiscal, queda de ministros, vaias e protestos
O governo interino de Michel Temer (PMDB) chega ao seu centésimo dia nesta sexta (19), envolvido em polêmicas, recuos e com um programa que difere totalmente daquele pelo qual a chapa que ele integrou nas eleições de 2014 foi eleita; após um início trôpego, com recuos sobre extinção de ministérios, ampliação do rombo fiscal e envolto no escândalo das gravações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que levou a queda de três ministros, o peemedebista foi alvo, ao longo deste tempo, de diversos protestos em todo o país, cujo ápice ocorreu na abertura dos Jogos Olímpicos, no último dia 5, quando foi vaiado no Maracanã; tal fato fez com que ele desistisse de participar do encerramento do evento; enquanto isso, mercado dá sinais de que cheque em branco dado ao presidente pode ser sustado a qualquer horaRelembre os fatos:
Queda de ministros
A divulgação das gravações de Sérgio Machado com políticos derrubou os ministros Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). Os áudios evidenciaram que o golpe contra Dilma Rousseff tinha o objetivo de enfraquecer a Operação Lava Jato.
Rombo fiscal
Temer fez passar pelo Congresso um projeto que ampliou o déficit fiscal do país para R$ 170 bilhões.
Com rombo de R$ 170 bi, Temer autoriza aumentos de servidores
A presidente Dilma Rousseff denunciou o rombo (aqui).
O mercado já sinaliza que o cheque em branco concedido ao presidente interino está com os dias contados.
Recuos
Ao assumir o governo, Temer extinguiu o Ministério da Cultura. Após muitos protestos, desiste da ideia e recriou a pasta (aqui). O presidente interino, que acabou com a pasta do Desenvolvimento Agrário, após ser ameaçado pelo deputado Paulinho da Força, decidiu criar uma Secretaria Especial (aqui) e prometeu devolver o status de ministério ao órgão após a votação do impeachment.
Além disso, ele, que assumiu prometendo ajuste fiscal de impacto, desistiu da ideia, alegando falta de clima no Congresso (aqui).
Teto de gastos e retirada de direitos
É projeto de Temer impor um limite de gastos, pelos próximos 20 anos, para áreas essenciais como Saúde e Educação, além de defender flexibilização das leis trabalhistas e mudanças na Previdência, com aumento da idade para aposentadoria. As propostas enfrentam resistências no Congresso.
Protestos
Protestos contra Temer ocorrem diariamente em todo o país. Por isso, ele não tem participado de agendas públicas. Inclusive, já avisou que não irá ao encerramento dos Jogos Olímpicos, após ser vaiado na abertura da Rio 2016 (aqui). O governo até tentou calar as manifestações no evento, mas não conseguiu (aqui). No último dia 9, manifestações contra Temer ocorreram em várias partes do país (aqui).
copiado http://www.brasil247.com/p
Nenhum comentário:
Postar um comentário