Aécio ameaça: sem o PSDB, não haverá governo Temer
Depois de instalar no País uma crise política que arruinou a economia brasileira, ao não aceitar sua derrota eleitoral em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) agora ameaça Michel Temer e diz que, sem o apoio do PSDB, seu governo não existirá; "Enquanto Temer se mantiver fiel a essa agenda que colocamos para o país, contará com o PSDB. Se percebermos que isto não está ocorrendo, o PSDB deixa de ter compromisso com este governo", disse ele; Aécio já se deu conta de que fez um péssimo negócio ao liderar o golpe, uma vez que se tornou rejeitado por 64% dos brasileiros; se Temer der errado (o mais provável), o fracasso será também tucano; se der certo, o candidato será Henrique Meirelles
Minas 247 –
"Enquanto Temer se mantiver fiel a essa agenda que colocamos para o
país, contará com o PSDB. Se percebermos que isto não está ocorrendo, o
PSDB deixa de ter compromisso com este governo. Não é uma ameaça, apenas
uma constatação natural", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em entrevista à jornalista Júnia Gama.
Na realidade, trata-se,
sim, de uma ameaça – e das mais explícitas. No roteiro desenhado pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e executado por Aécio Neves, em
parceria com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer faria o "trabalho sujo" da
"ponte para o futuro" e, em seguida, renunciaria a qualquer projeto de
poder, cedendo o espaço, em 2018, para uma candidatura de Aécio Neves.
O projeto, no entanto,
fracassou. O mundo inteiro enxerga o impeachment da presidente Dilma
Rousseff como um golpe parlamentar e muitos, no Brasil, apontam o
senador Aécio como um dos principais responsáveis pela crise política
que arruinou a economia brasileira. Tanto que, de acordo com pesquisa
Ipsos, a rejeição de Aécio, que não aceitou sua derrota eleitoral em
2014 e apostou no 'quanto pior, melhor', já é de 64%.
Portanto, para o
presidente nacional do PSDB, o golpe de 2016 foi um péssimo negócio. Se o
governo Temer der errado, o que é o cenário mais provável, uma vez que a
economia não para de afundar, o fracasso será também tucano. Se der
certo, o candidato das forças governistas será Henrique Meirelles – e
não Aécio ou qualquer outro nome do PSDB.
"O PSDB tem ecoado com
muito mais clareza as posições do presidente Temer do que o seu próprio
partido. Sem o PMDB agindo de forma coesa, as dificuldades de Temer
serão quase intransponíveis. Esse último episódio (fatiamento da pena de
Dilma Rousseff) demonstrou, mais uma vez, a ambiguidade com que o PMDB
atua", disse ainda Aécio em sua entrevista.
Na entrevista, ele falou
ainda sobre a ação movida pelo Tribunal Superior Eleitoral, movida pelo
PSDB, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. "Caberá ao TSE avaliar se Temer teve responsabilidade nisso ou não", afirmou.
Lava Jato
Citado em várias delações
como beneficiário de propinas, especialmente na da OAS, que apontou
pagamentos de 3% nas obras da Cidade Administrativa, Aécio minimizou as
acusações. "São coisas tão
absurdas e impossíveis de serem comprovadas que tudo isso será muito
positivo. Vamos sair disso muito mais fortes. Tenho zero temor. Não
apenas eu, mas vários outros também indevidamente citados. Uma coisa é
um escândalo de corrupção que tomou conta do país, capitaneado pelo PT.
As empresas dizerem que ajudaram A, B ou C em suas campanhas eleitorais é
natural, é outra coisa."
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