Cesar “Rodrigo” Maia e o parlamentarismo. Por Hayle Gadelha
Recebi do amigo Hayle Gadelha, que acompanha os textos de Cesar
Maia – que não tem mais votos mas tem o filho de presidente em exercício
da República – um texto muito interessante do “meu paipai”...
Recebi do amigo Hayle Gadelha, que acompanha os textos de Cesar Maia – que não tem mais votos mas tem o filho de presidente em exercício da República – um texto muito interessante do “meu paipai” de Rodrigo, dublê de vaia de Michel Temer. Compartilho para que se veja no que essa gente anda pensando:
Cesar “Rodrigo” Maia e o parlamentarismo. Por Hayle Gadelha
Recebi do amigo Hayle Gadelha, que acompanha os textos de Cesar Maia – que não tem mais votos mas tem o filho de presidente em exercício da República – um texto muito interessante do “meu paipai” de Rodrigo, dublê de vaia de Michel Temer. Compartilho para que se veja no que essa gente anda pensando:
Golpe forever
Hayle Gadelha
Tirar Dilma, Lula e o PT do caminho foi apenas o primeiro passo.
Os golpistas preparam o caminho para
ficarem eternamente no poder – e sabem não conseguirão isso através de
eleições livres e diretas para presidente. Por isso preparam-se para
transformar esse Congresso que têm nas mãos em um parlamento de “baixo
calão”.
Nada contra o sistema de governo
parlamentar, em princípio. Mas não com o sistema partidário que temos,
montado para perpetuar o atraso. Seja presidencialismo ou
parlamentarismo, é preciso em primeiro lugar modernizar a formação de
nossos partidos. Criar cláusulas para reduzir o número de partidos,
eleições com voto em lista e financiamento públicos de campanhas – isso é
o básico.
Fora disso, será a perpetuação do golpe “legalizado”.
A seguir, texto do Ex-Blog de Cesar Maia de ontem dando o pontapé inicial do “golpe forever”.
PÓS-IMPEACHMENT: A SUPERIORIDADE DO PARLAMENTARISMO!
1. O processo de impeachment de Dilma
concluiu após quase um ano. Um ano de estrangulamento político da
economia brasileira. Um ano de afundamento ainda maior da imagem dos
políticos. E um ano de sofrimento e depressão da presidente Dilma
Rousseff.
2. Os graves equívocos dos governos do
PT, agravados com Dilma, geraram a maior crise brasileira de todos os
tempos, política, econômica, social e moral. A imagem externa do Brasil
desintegrou. 3. Quando as crises dos países se tornam multilaterais, ao
mesmo tempo se torna sustentável e se aprofunda. O tempo e o custo de
recuperação se ampliam muito e ampliam o custo social e suas sequelas.
4. Os regimes políticos devem incorporar
flexibilidade institucional de forma a que minimizem o tempo e a
profundidade da crise e assim minimizem o custo social da mesma. O
presidencialismo é um sistema rígido. Mas os Estados Unidos souberam
construir, em sua cultura política, momentos limites.
5. Um exemplo desses foi o caso Nixon.
Uma crise onde o gabinete presidencial grampeou o partido adversário. O
processo foi levado até o ponto em que seu prolongamento -possível- não
teria volta e seria pago pelo país. Nesse momento, o presidente
renunciou.
6. O processo de impeachment de Dilma se
alargou desnecessariamente levando o país junto. Tentaram comprar votos
através de nomeações em todos os níveis. Realizaram todos os recursos
possíveis no judiciário. Retardaram o quanto puderam, mesmo quando além
das responsabilidades políticas, econômicas, sociais e morais, ficaram
transparentes os chamados crimes de responsabilidade.
7. E então iniciou-se um processo de
resistência tríplice: parlamentar, jurídico e político-social. Esse
arrastou no tempo algo que tinha resultado pré-conhecido. Na Câmara de
Deputados e no Senado 70% dos parlamentares tinham sua opinião formada
já em março de 2016. Mas só 5 meses depois o julgamento culminou com
Dilma e sua base política usando todas as chicanas e baixarias
possíveis.
8. No parlamentarismo, uma crise
semelhante que construiu uma rejeição parlamentar de 70%, prescindiria
até da questão jurídica do crime de responsabilidade (ATENÇÃO NO QUE
ACABOU DE SER DITO – HG). Teria sido resolvida em março. O
presidencialismo norte-americano, em sua maturidade política, no momento
em que o processo não teria volta, teria sido resolvido por iniciativa
do próprio presidente, como no caso Nixon.
9. Na América Latina, com um
presidencialismo hiper-hegemônico, esse processo não tem fim – vide
Venezuela – ou se alarga demasiadamente, impondo um enorme custo ao país
e a seu povo. Foi o que aconteceu com o impeachment de Dilma. E o custo
político atingiu o próprio PT, que sai desse processo em frangalhos.
10. Na medida em que o amadurecimento da
cultura política no Brasil tem um prazo indefinido, talvez o processo
Dilma tenha ensinado de forma suficiente e aberto as portas para o
Parlamentarismo
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog
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