Felipe VI apela ao diálogo mas não inicia ronda de consultas
O rei de Espanha vai dar tempo para que "as formações políticas" possam tomar ações para desbloquear o impasse político
O rei de Espanha vai dar tempo para que "as formações políticas" possam tomar ações para desbloquear o impasse político
O
rei Felipe VI fez hoje um apelo ao "diálogo, concertação e compromisso"
dos partidos políticos espanhóis, mas não irá iniciar, por enquanto,
novas consultas com eles depois do fracasso da investidura de Mariano
Rajoy, na sexta-feira passada.
"Sua
Majestade comunicou-me a sua decisão de não iniciar, por enquanto, novas
consultas" com as forças políticas espanholas, revelou a presidente do
Congresso dos Deputados (parlamento) depois de uma reunião que teve com
Felipe VI para lhe comunicar o resultado da investidura derrotada de
Mariano Rajoy.
Segundo Ana Pastor, o
rei pretende dar tempo para que "as formações políticas possam levar a
cabo as ações que considerem convenientes" para desbloquear o atual
impasse político.
Por seu lado, o
secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, anunciou hoje que vai abrir uma
ronda de contactos com todos os partidos espanhóis para tentar
encontrar uma solução para desbloquear o impasse atual, mas precisou que
não pretende liderar uma alternativa.
O
líder do PP (direita), Mariano Rajoy, fracassou na sexta-feira a
segunda votação de investidura no parlamento, tendo 180 deputados votado
contra e 170 a favor, o mesmo número da votação de dois dias antes.
O
atual chefe do Governo em funções e líder do Partido Popular (PP,
direita) teve o apoio de 137 deputados do PP, 32 do partido de
centro-direita Ciudadanos e um do partido regional Coligação Canária.
O
resto da assembleia votou contra, entre eles os 85 do Partido
Socialista Operário Espanhol (PSOE) e os 71 da coligação da esquerda
radical Unidos Podemos.
O resultado que
já era esperado confirma o período de grande incerteza política em que
Espanha vive e que se não for desfeito até 31 de outubro próximo irá
significar a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições
54 dias depois, provavelmente para 25 de dezembro.
Se
isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se
realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de
dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro
principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e
Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um
Governo estável em Espanha.
Nas
eleições de 26 de junho, o PP foi o partido mais votado (33 por cento
dos votos e 137 deputados), seguido pelo PSOE (22,7% e 85), Unidos
Podemos (21,1% e 71) e Ciudadanos (13,0% e 32).
copiado http://www.dn.pt/portugal/interior/
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