Seguidores do governo irrompem em basílica de Diriamba e cercam eclesiásticos (AFP) Manifestantes a favor do Presidente Daniel Ortega durante a "passeata pela segurança e paz" do governo, em Manágua, em 7 de julho de 2018

Seguidores do governo irrompem em basílica de Diriamba e cercam eclesiásticos (AFP)

AFP / Marvin RECINOS 
Centenas de seguidores do governo de Daniel Ortega irromperam na basílica de Diriamba e cercaram altos dignitários da Igreja Católica nesta segunda-feira (9) nessa cidade do sudoeste da Nicarágua.
"Queremos a paz", "Não queremos mais bloqueios de ruas", "Assassinos", "Mentirosos", "Filhos da puta", gritaram em Diriamba dezenas de seguidores do governo que acompanharam a passagem da caravana presidida pelo cardeal Leopoldo Brenes e pelo núncio Stanislaw Waldemar Sommertag
No dia anterior, uma violenta incursão de policiais de choque e parapoliciais deixou ao menos 14 mortos nesta localidade.
Os religiosos foram cercados ao chegar a Diriamba e com dificuldade avançaram até a basílica onde um grupo de habitantes permanece rodeado por paramilitares que os impede de sair desde domingo.
O núncio, o cardeal e os bispos chegaram em caravana de Manágua para ajudar a libertar as pessoas retidas, entre elas médicos voluntários que ficaram presos no domingo na igreja após a violenta incursão na cidade.
"Não temos nenhuma arma, a arma aqui é a oração, não temos armas, eles estavam atacando pelo lado de fora", disse à AFP um membro do corpo médico que estava dentro da basílica com o rosto coberto por uma camisa.
Um fotógrafo da AFP em Diriamba denunciou que foi espancado e que roubaram seu equipamento de trabalho.
"Foi horrível, pegaram o meu celular e apagaram tudo", assinalou a jornalista da AFP Isabel Sánchez.
O canal opositor "100% Noticias" também relatou a agressão a seus jornalistas e o roubo de seus equipamentos durante a cobertura da chegada dos religiosos, segundo seu diretor, Miguel Mora.
Os protestos começaram em 18 de abril contra uma frustrada reforma de segurança social e depois da repressão que deixou 250 mortos, transformando-se em uma reivindicação geral para a saída do poder do presidente Daniel Ortega e de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo


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