Brasil Planalto vê 'pá de cal' para Cunha após prisão de doleiro Deputado desistiu de renúncia e tenta salvar a mulher e a filha, dizem aliados

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Santo Expedito (Santo das causas justas e urgentes) conceda o Brasil longe dos ....conceda a Cunha perder o mandato. rs.rs.rs

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Planalto vê ‘pá de cal’ para Cunha após prisão de doleiro

Deputado desistiu de renúncia e tenta salvar a mulher e a filha, dizem aliados

por Júnia Gama / Cristiane Jungblut
02/07/2016 4:30
 O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Ailton Freitas /
BRASÍLIA — A prisão do doleiro Lúcio Bolonha Funaro foi considerada pelo Palácio do Planalto a “pá de cal” na situação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o governo, a prisão de Funaro deve sepultar de vez as tentativas de Cunha de driblar as acusações de envolvimento com o esquema de corrupção investigado na operação Lava-Jato. O agravamento de sua situação jurídica, somado à reação negativa na Câmara a um acordo para salvá-lo da cassação, levou o peemedebista a recuar da intenção de renunciar nos próximos dias ao cargo de presidente. A avaliação feita por Cunha a seus aliados é que sua eventual renúncia, a esta altura, não traria o efeito almejado de ajudar a convencer os deputados a manter seu mandato.
INFOGRÁFICO: Como funcionava o esquema de propina do FGTS para Cunha
Interlocutores do presidente interino Michel Temer acreditam que o doleiro envolverá Cunha de forma definitiva nas denúncias, deixando-o sem saída. O temor no governo é com a reação que Cunha pode ter a este novo fato. Diariamente, chegam ao Planalto e ao Congresso relatos de que Cunha estaria negociando com a Justiça para tentar preservar sua mulher, Cláudia Cruz, ré por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na operação Lava-Jato, e sua filha Danielle Dytz, também investigada na operação. TROCA DE INFORMAÇÕES
Parlamentares dizem ter recebido recados do Ministério Público de que uma eventual delação premiada de Cunha para livrá-lo da prisão não seria aceita. Mas, acreditam que há espaço para o peemedebista negociar troca de informações para amenizar a situação de sua família. — Prenderam o Funaro para pegar o Eduardo Cunha. Ele está muito preocupado com a mulher e com a filha e nós sabemos que está negociando para aliviar o quadro delas. O que não se sabe é o que ele vai oferecer em troca. Ele sempre diz que não pretende expor ninguém, mas, em um momento de destempero, ninguém sabe o que pode sair — afirma uma fonte do Planalto.
As novas informações sobre a delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, reforçam o movimento por um desfecho rápido para a situação de Cunha. O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou que esses dados se somam às demais acusações e “reforçam a necessidade de cassar Cunha”. Já o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse que a Casa “não aguenta mais” e que o calendário da Câmara não pode ser o calendário de Cunha.
MANOBRA NA CCJ
Nos bastidores, os defensores da saída de Cunha avaliam que ele ainda tentará outras manobras para retardar uma definição da Câmara. Ele estaria atuando junto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) apresentará parecer na próxima terça-feira sobre o recurso de Cunha para tentar forçar a volta de seu processo ao Conselho de Ética.
Segundo aliados de Cunha, com o fechamento do cerco, o peemedebista teria descartado a estratégia de renunciar para tentar preservar o mandato. A prioridade agora seria ganhar tempo para buscar um acordo de preservação de sua mulher e de sua filha. Para seus interlocutores, a renúncia agora apenas precipitaria sua cassação, já que seria uma demonstração de enfraquecimento.
— Se ele renunciar agora, acelera o processo de cassação do mandato. Ele renunciaria em troca de nada, porque seria mais um sinal de enfraquecimento dele na Casa, e os poucos que ainda o apoiam iriam abandoná-lo — disse um aliado.
Esses deputados lembram que, na entrevista coletiva convocada por Cunha na semana passada, ele apareceu sozinho, sem seu habitual séquito de deputados. Como consequência da aparente fragilidade, mais deputados decidiram abandoná-lo.
copiado  http://oglobo.globo.com/

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