Em Brasília
- Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Logo após a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidência da Câmara, PSB e PR iniciaram uma mobilização para a substituição do líder. Entre as alegações estão o fato de Moura ser filiado a um partido pequeno (o PSC tem oito deputados), não inspirar confiança na "tropa" e ter para sempre o espectro de Cunha sobre ele.
Também pesa contra Moura a atuação na votação do regime de urgência do projeto da renegociação da dívida dos Estados com a União. Na primeira votação, o governo teve apenas 253 votos quando precisava de mais quatro para aprovar o requerimento de urgência para votação da proposta. Moura e o presidente da sessão, o deputado Fernando Giacobo (PR-PR), foram acusados de encerrar a votação da renegociação da dívida antes da hora, quando deputados ainda se deslocavam para votar e, assim, colaborar para derrotar o governo.
Além de PR e PSB, uma ala do PMDB defende a mudança. O incômodo da bancada peemedebista com Moura vem desde quando o Centrão colocou e divulgou, sem consulta prévia, o nome de parlamentares da sigla na lista de cerca de 300 apoiadores da indicação do deputado do PSC a Temer.
Despreocupado
Moura destacou que o presidente em exercício Michel Temer sinalizou que está satisfeito com o seu trabalho e que, por isso, não se preocupa com pressões. Interlocutores de Temer reconhecem que tem crescido a pressão, mas ponderam que o presidente em exercício tende a se afastar das negociações. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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