Manifestação dos lesados do Banif na Madeira
Lisboa
Lesados do Banif realizam manifestação nacional a 16 de setembro
Lesados do Banif realizam manifestação nacional a 16 de setembro
Os
clientes lesados do Banif vão realizar uma manifestação nacional em
Lisboa, no dia 16 de setembro, pela salvaguarda dos seus direitos depois
da falência do banco, disse hoje à Lusa fonte da associação que os
representa.
"O principal objetivo
desta manifestação de âmbito nacional consiste em continuarmos a
manifestar publicamente [...] a nossa total indignação pela tremenda
injustiça que contra nós foi cometida e que está a afetar severamente a
vida de todos os lesados do Banif, como consequência da resolução
precipitada do banco, em dezembro de 2015", revelou à Lusa um
representante da Associação dos Lesados do Banif (ALBOA) Jaime Alves.
Por
outro lado, esta luta visa a salvaguarda "de todos os direitos dos
clientes lesados", por considerarem que "oBanif nunca faliu, estando
inclusivamente a dar lucro no preciso momento em que foi oferecido de
bandeja ao Santander Totta, numa operação injusta e totalmente
inadmissível", disse.
Este protesto
pretende ainda denunciar uma proposta apresentada pelo Santander a
vários lesados do Banif, e que estes "repudiam", que passa pela
aquisição de Obrigações Subordinadas com um prazo de vigência de dez
anos, a uma taxa anual bruta de 7%, com juros não capitalizáveis,
referiu Jaime Alves.
Trata-se da primeira manifestação a nível nacional, uma vez que as anteriores ocorreram nas ilhas dos Açores e da Madeira.
A
concentração está prevista para as 11:30 do dia 16 de setembro, na
Praça do Comércio, em Lisboa, ponto a partir do qual os associados se
vão deslocar para a sede do Santander Totta, seguindo depois para o
Banco de Portugal (BdP).
A ALBOA foi
criada há seis meses na sequência de manifestações espontâneas dos
lesados do Banif, levadas a cabo sobretudo nas regiões autónomas da
Madeira e Açores, onde o banco detinha uma quota de mercado
significativa, antes de ser vendido ao Santander Totta por 150 milhões
de euros.
A associação representa 3.500
obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no
processo de venda do banco, bem como 4.000 obrigacionistas Rentipar
('holding' através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio
Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros,
e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da
Madeira.
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