Revolta popular ofusca funerais das vítimas de tragédia em Gênova Trump confirma presença em evento que recordará I Guerra Mundial em Paris

Revolta popular ofusca funerais das vítimas de tragédia em Gênova

AFP / MARCO BERTORELLOEquipes de emergência trabalham nos escombros do viaduto de Gênova
A Itália se prepara para enterrar os mortos da tragédia de Gênova em meio a uma crescente polêmica, e ao mesmo tempo em que prosseguem as buscas por desaparecidos sob os escombros da ponte que desabou na quarta-feira.
Os funerais solenes estão programados para sábado no centro de exposições de Gênova, com uma missa celebrada pelo arcebispo de Milão na presença das principais autoridades da Itália, incluindo o presidente Sergio Mattarella.
A cerimônia pode ser incômoda para as instituições italianas: o jornal La Stampa afirma que as famílias de 17 das 38 vítimas fatais preferem não participar e sete famílias ainda não tomaram uma decisão.
"O Estado provocou isto, que não mostrem suas caras. O desfile de políticos é vergonhoso", reagiu Nunzia, mãe de um jovem que faleceu na tragédia.
"Meu filho não vai virar um número no catálogo de mortes provocadas pelas falhas italianas", escreveu em uma rede social Roberto, pais de outra vítima.
"Não queremos uma farsa de funeral, e sim uma cerimônia em casa, em nossa igreja, na Torre de Greco", completou.
Ao mesmo tempo, as equipes de resgate ainda procuram entre 10 e 20 desaparecidos que poderiam estar no viaduto no momento da tragédia. O balanço oficial continua o mesmo: 38 mortos e 15 feridos.
"As buscas prosseguem, com a demolição e retirada de grandes blocos do viaduto desabado, para encontrar os desaparecidos", informou o corpo de bombeiros.
Quase mil pessoas trabalham no local da tragédia, incluindo 350 bombeiros.
- Polêmica -
A grande controvérsia entre o governo italiano e a empresa que administra a rodovia, a Autostrade per l'Italia, ocupa as manchetes da imprensa e não dá trégua.
O governo anunciou a intenção de revogar o contrato de concessão da empresa no trecho que fica a ponte.
"Você não pode morrer depois de pagar um pedágio na Itália", declarou o vice-premier Luigi Di Maio, ministro dp Desenvolvimento Econômico e líder do Movimento 5 Estrelas (M5S).
"Não podemos esperar a justiça penal", afirmou o primeiro-ministro Giuseppe Conte. "A Autostrade tinha o dever e a obrigação, o compromisso, de garantir a manutenção deste viaduto e a segurança de todos os que transitavam por ele".
O grupo Atlantia, controlado pela família Benetton, proprietário da Autostrade per l'Italia, respondeu que os controles de segurança estavam corretos.
A empresa afirmou que trabalha "com afinco" na reconstrução da ponte, uma obra que deve terminar em "cinco meses", assim que o local for liberado após as operações de busca.
Além da concessionária, o outro alvo dos ataques do governo italiano é a União Europeia (UE) e sua política de austeridade, acusada pelo novo Executivo do país de impedir novos investimentos.
A Comissão Europeia afirmou que estimulou a Itália a investir em infraestruturas e recordou que os Estados membros têm liberdade para "fixar prioridades políticas específicas, como por exemplo o desenvolvimento e a manutenção das infraestruturas".
A Liga Italiana de futebol terá a primeira rodada da temporada 2018-19 no fim de semana, mas as partidas de Sampdoria e Genoa, as duas equipes da cidade, previstas para domingo, foram adiadas.
As outras partidas respeitarão um minuto de silêncio antes do pontapé inicial.

Trump confirma presença em evento que recordará I Guerra Mundial em Paris

AFP/Arquivos / CHRISTOPHE ARCHAMBAULTDonald Trump (2o. E) adorou a parada militar pelo Dia da Bastilha que acompanhou ao lado do presidente francês Emmanuel Macron (2o. D) em 2017
O presidente Donald Trump afirmou nesta sexta-feira que comparecerá a uma celebração em novembro, em Paris, que recordará o fim da I Guerra Mundial, horas após uma parada militar planejada para a mesma ocasião em Washington ser adiada devido aos altos custos.
Trump explicou que, de fato, cancelou o evento, culpando os políticos locais por cobrarem um preço "ridiculamente alto". Mas prometeu participar do grande desfile já programado na Base Aérea de Andrews em outra data, e ir ao desfile de Paris.
"Talvez façamos algo no ano que vem em Washington quando os custos CAÍREM", alfinetou o presidente.
"Agora podemos comprar mais caças a jato!", acrescentou.
Trump havia ordenado uma demonstração militar depois de ficar maravilhado com a parada do Dia da Bastilha na França no ano passado, mas a ideia desagradou os críticos, que disseram que seria um desperdício de dinheiro e semelhante a eventos organizados por regimes autoritários como a Coreia do Norte.
Uma fonte oficial americano confidenciou à AFP que a estimativa do planejamento do evento poderia alcançar os 92 milhões de dólares.


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