Costa insiste: défice "ficará claramente abaixo dos 3% do PIB Terminou o debate quinzenal da rentrée

Terminou o debate quinzenal da rentrée

Terminou o debate quinzenal da rentrée
Com a discussão do Orçamento já a marcar a atualidade política, esta quinta-feira regressaram ao Parlamento os debates quinzenais com o primeiro-ministro.
última atualização : 2016/09/22 13:07
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  Costa fecha debate: Direita "já só confia no diabo"  by Miguel Marujo
António Costa levou os seus nove minutos na resposta a Carlos César (naquela que é a última intervenção da tarde) a enumerar e repetir muitos dos seus argumentos que usou em defesa da sua governação. "Em vez de apelar a deus, já só confia no diabo para apresentar a sua estratégia", atacou o primeiro-ministro.
  Costa: "Não nos distraímos a ler livros de mexericos que fomos convidados a apresentar" by Miguel Marujo
António Costa responde ao líder parlamentar socialista, Carlos César, notando que, na sua governação, está concentrado no essencial e logo lançando uma violenta boca a Passos Coelho: "Não nos distraímos a ler livros de mexericos que fomos convidados a apresentar."
Sentado na primeira fila da bancada social-democrata, o presidente do PSD não levantou os olhos da mesa.
  César atira farpa a Passos sobre livro de Saraiva by Miguel Marujo
Carlos César é o último membro de uma bancada parlamentar a intervir. O líder parlamentar do PS começa por atacar o "radicalismo" que caracteriza "neste momento" a oposição, PSD e CDS: "Escusam de voltar à cavaqueira do radicalismo. O Governo não é da esquerda radical. Não é da esquerda radical, como creio que a direita não é ainda da direita radical."
E atira uma farpa a Passos Coelho. "Ainda que tenha quedas episódicas por experiências de literatura radical", afirma, referindo-se ao facto do presidente do PSD ter sido convidado e aceite apresentar um livro de José António Saraiva, com revelações da vida sexual de políticos, só recuando na última terça-feira.
  Estado vai apoiar agricultura biológica by Miguel Marujo
António Costa respondeu a André Silva, deputado único do PAN, que no Orçamento do Estado haverá "margem de acomodação" para a estratégia de apoio à agricultura biológica.
  Vai ser retirado amianto de 252 edifícios públicos by Miguel Marujo
Em outubro começarão os trabalhos de retirada de amianto de 252 edifícios públicos, "que foram considerados prioritários", anunciou António Costa, em resposta a Heloísa Apolónia.
  Costa ironiza com críticas de Passos by Miguel Marujo
António Costa recordou ainda que a direita anda sempre à procura do "novo tema, novo tópico, para censurar o governo", lembrando que Passos Coelho criticou a "obsessão" do executivo com o défice. "Pasme-se", ironizou o primeiro-ministro.
  Verdes insistem na reposição de rendimentos by Miguel Marujo
Também Heloísa Apolónia, de "Os Verdes", cita o estudo Portugal Desigual para criticar as bancadas da direita. "A nós, senhor primeiro-ministro, compete-nos outra tarefa", contrapôs, sublinhando que a reposição de rendimentos deve continuar.
Ninguém trouxe a debate o relatório do FMI, divulgado no arranque deste debate, em que esta organização pede o corte de 900 milhões de euros em salários e pensões.
  Manuais escolares só serão pagos "se houver destruição" by Miguel Marujo
António Costa esclareceu Jerónimo de Sousa de que os manuais escolares só serão pagos, no final do ano letivo, "se houver destruição" desses manuais. Fazer os exercícios não implica qualquer pagamento, referiu, citando uma circular que foi enviada às escolas.
Sobre outras notas do líder do PCP, Costa recusa que queiram "acabar com os ricos", apontando que o governo anterior quis "aumentar os pobres para ver se aumentavam os ricos". "A riqueza não nasce da pobreza, nasce do trabalho, do investimento", defendeu o primeiro-ministro
  PCP insiste no aumento do salário mínimo para 600 euros já em 2017 by Miguel Marujo
Têm de ser encontradas medidas concretas que combatam a pobreza, retoma Jerónimo de Sousa. E o líder do PCP defendeu "o aumento extrarodinário de reformas e pensões" ("não menos de 10 euros", afirmou) e o "salário mínimo para 600 euros, nomeadamente já no início do ano" de 2017.
E deixou uma crítica às bancadas do PSD e do CDS: "Dizem que queremos acabar com os ricos", atirou, "mas são os mesmos" que atiraram milhares para a pobreza "e não tiveram esse rebate de consciência".
  Pode ler aqui o estudo com que a esquerda critica a direita by Miguel Marujo
O estudo que António Costa e Jerónimo de Sousa já usaram para criticar a governação PSD/CDS pode ser consultado num site próprio: Portugal Desigual.
  PCP: "Foram os mais pobres e os que menos tinham a pagar a fatura maior" by Miguel Marujo
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, arranca com o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, sobre a desigualdade em Portugal, para sublinhar que "foram os mais pobres e os que menos tinham" que acabaram "por pagar a fatura maior" dos anos de governo PSD/CDS.
  Cristas critica descida do investimento público  by Miguel Marujo
Assunção Cristas termina falando da descida do investimento público e questionando a qualidade dos serviços públicos, nomeadamente nos transportes, saúde e educação.
  CDS quer obrigar partidos a pagar IMI by Miguel Marujo
Assunção Cristas antecipa uma proposta do CDS para o Orçamento do Estado: "Que também os partidos políticos sejam incluídos nesse esforço", pagando IMI.
  Cristas ataca vontade do Governo "espiolhar contas" by Miguel Marujo
Assunção Cristas questiona António Costa sobre "se querem espiolhar as contas de todos os portugueses" e como será o "novo imposto" do património. "Será sobre património imobiliário e mobiliário?"
Na resposta, o primeiro-ministro responde que há ainda muitas dúvidas. "Qual é a base de incidência? Quais as exceções? Abrange pessoas singulares e/ou coletivas? Qual é a taxa?"
Costa respondeu que esta tributação terá de "aumentar justiça fiscal", que "não desincentive investimento" e "não contribua para fuga fiscal".
O primeiro-minsitro respondeu que serão garantidas e cumpridas "todas as exigências que a Comissão de Proteção de Dados", sublinhando que "não basta curiosidade" para pedir para ver as contas de 50 mil euros.
  Costa diz a Cristas para esperar pelo Orçamento by Miguel Marujo
Assunção Cristas quer saber o que aí vem de impostos indiretos. Costa atalha caminho: a 14 de outubro será conhecido o Orçamento do Estado, pelo que só aí se discutirão essas medidas.
  Governo não trava reposição de financiamento dos partidos by Miguel Marujo
Sobre o corte no financiamento dos partidos, Costa defendeu que "os partidos e as democracias têm custos". "Não devemos voltar atrás, aumentando o financiamento privado", garantindo antes financiamento público. Costa disse que "o Governo não condicionará o debate" e que não será o executivo a introduzir qualquer "medida de alteração" a essa reposição.
  Costa defende imposto sobre imóveis de luxo citando Passos by Miguel Marujo
António Costa recorda, na resposta, que "foram os partidos que mais aumentaram a carga fiscal sobre a classe média" e "os salários mais baixos" - como se soube hoje num relatório da OCDE.
Do imposto sobre o luxo, o primeiro-ministro citou a intervenção de Passos Coelho no Congresso do PSD, em 2014, em que este dizia a "tributação agravada" para aqueles que têm "ativos imobiliários acima de um milhão de euros" é "um bom princípio social-democrata".
  BE quer aumento real de pensões e cortes no financiamento dos partidos by Miguel Marujo
Catarina Martins pôs dois temas na mesa. Notando que, nas pensões, "o descongelamento é muito pouco" porque é ao nível da inflação, a coordenadora do BE notou que "o centro e a prioridade é o aumento real das pensões".
Mais: citando o secretário-geral do PSD, Matos Rosa, que defendeu que "chegou a hora de devolver o rendimento aos partidos", Catarina Martins anunciou que "o BE vai apresentar no Parlamento a proposta de manter o corte de financiamento dos partidos". E perguntou: "Poderemos ser acompanhados pelo Governo e pelo PS?"
  BE traz a debate o imposto sobre imóveis de luxo by Miguel Marujo
Catarina Martins ataca Passos Coelho por não ter trazido o tema do imposto de luxo. E questiona António Costa sobre esse imposto, que atinge menos de 44 mil proprietários, como revelou ontem o DN
  Troca de números entre Costa e Passos by Miguel Marujo
Passos Coelho invoca relatórios do Banco de Portugal e do INE: "Os resultados não evidenciam isso." O presidente do PSD ataca a "catástrofe" apontando para 2010 e para o governo socialista de então.
Costa na resposta: "Tenho muito gosto em fazer limpezas e resolver problemas que os outros deixam."
E o primeiro-ministro volta a insistir que os números são de "fontes oficiais", sem nomear. "A realidade da pobreza que foi criada, do desemprego que foi gerado, da emigração que foi incentivada", apontou Costa a Passos. "Este é o seu fardo."

 copiado  http://www.dn.pt/portugal/

 

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