Americanos e judeus, alvos nos atentados de Bruxelas Retirados seis novos corpos de escombros de hotel soterrado na Itália

Americanos e judeus, alvos nos atentados de Bruxelas
Passageiros americanos e judeus foram os alvos dos extremistas que atacaram o aeroporto de Bruxelas em 22 de março de 2016, informaram à AFP fontes próximas à investigação na Bélgica.

Americanos e judeus, alvos nos atentados de Bruxelas

Belga/AFP / THIERRY ROGE Um homem entra no aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, em uma nova entrada de porta dupla, de acordo com novas medidas de segurança, no dia 7 de novembro de 2016
Passageiros americanos e judeus foram os alvos dos extremistas que atacaram o aeroporto de Bruxelas em 22 de março de 2016, informaram à AFP fontes próximas à investigação na Bélgica.
Por volta das 08h00 daquele dia, Ibrahim El Bakraoui e Najim Laachraoui acionaram seus explosivos na área de check-in do aeroporto, matando 16 pessoas, o mesmo número de passageiros mortos uma hora depois no ataque ao metrô de Bruxelas, cometido por outro suicida, Khalid Bakraoui, irmão de Ibrahim.
Os ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico fizeram, ao todo, 32 mortos, de pelo menos 16 nacionalidades diferentes, e cerca de 400 feridos, de 40 nacionalidades.
No entanto, no aeroporto, o comando tinha "alvos muito específicos" e queria atacar principalmente americanos e, aparentemente, também judeus, explicou à AFP um investigador que pediu anonimato.
Este último diz apoiar-se especialmente em imagens de câmeras de vigilância que mostram um dos homens-bomba no aeroporto de Bruxelas-Zaventem que "parece caminhar em direção a judeus ortodoxos" vestidos de forma tradicional.
- 'Matar um judeu' -
Uma fonte no governo americano confirmou este ataque relativamente preciso contra os check-in de companhias americana, russa e israelense, ou seja, contra passageiros à espera de embarcar em voos para esses países.
"Desde o início [da investigação], havia indícios" neste sentido, afirma esta fonte americana, e "foram confirmados nas investigações subsequentes, principalmente com o depoimento de Mohamed Abrini", o terceiro extremista no aeroporto que fugiu depois de não conseguir concluir o ataque suicida.
Abrini, conhecido como "o homem do chapéu", foi preso em 8 de abril na região de Bruxelas e é um dos principais suspeitos na investigação sobre os ataques de 22 de março, mas também nos atentados de Paris, em 13 de novembro de 2015 (130 mortos). A mesma célula extremista foi responsável pelos dois ataques.
No aeroporto, "sabemos que queriam atacar americanos (...) Atacaram a área de chek-in da Delta Airlines, local das empresas americanas", assegura o investigador que falou com a AFP em Bruxelas.
E se o alvo russo continua a ser uma "opção" a ser esclarecida, há pouca dúvida no caso de israelenses ou judeus, assegura.
"Sabemos também que eles estavam obcecados pelos israelenses", diz esta fonte, explicando que Najim Laachraoui se dirigiu a dois judeus ortodoxos tornados de repente como alvos.
De acordo com as imagens das câmeras de segurança, Laachraoui estava entre cerca de sessenta alunos do ensino médio na área de chek-in quando, de repente, "parece mover-se" rapidamente na direção de duas pessoas com a vestimenta tradicional ortodoxa.
"Ele corre para se afastar do primeiro grupo (...) realmente queria matar um judeu", acrescenta o investigador, para quem este impulso evitou "um massacre ainda maior".
Se Laachraoui não tivesse se afastado dos estudantes, "poderia ter matado 60 pessoas".
- 'Perseguidos' -
O outro atacante morto no aeroporto, Ibrahim El Bakraoui, deixou um testamento, encontrado em um computador jogado em uma lata de lixo não muito longe do esconderijo do comando no distrito de Schaerbeek, em Bruxelas.
AFP/Arquivos / JOHN THYS (Arquivos) Fachada destruída do aeroporto de Bruxelas, no dia 22 de março de 2016
Como a investigação revelou, Bakraoui diz: "Já não sei o que fazer", estão "me perseguindo em todos os lugares", dias depois da prisão de Salah Abdeslam, o único sobrevivente do grupo que atacou Paris em 13 de novembro, e a quem Mohamed Abrini poderia ter ajudado antes destes ataques.
"O que está muito, muito claro, de qualquer maneira", é que em 22 de março, o comando de Bruxelas "entrou em ação, embora não tivesse a intenção imediata de fazê-lo", confirma o investigador.
"Completamente atados (...), perseguidos, improvisaram" o ataque e, nas mensagens encontradas no computador, "até mesmo se desculpam por não atacarem o alvo inicial", ou seja, "a França novamente", diz ele.
Entre os 16 mortos do aeroporto, quatro eram americanos, de acordo com uma contagem da AFP, confirmada por uma fonte oficial deste país. Nenhuma vítima israelense está entre eles.
Mas dois jovens israelenses, que deviam voar em 22 de março de Bruxelas a Tel Aviv, ficaram feridos e foram tratados em abril em um hospital em Jerusalém, segundo a imprensa israelense, que os identificou como membros de uma comunidade de judeus ultra-ortodoxos.

Retirados seis novos corpos de escombros de hotel soterrado na Itália

CNSAS/AFP / - Equipes de resgate trabalham em hotel soterrado por avalanche na Itália, em 23 de janeiro
Os socorristas retiraram na noite de segunda-feira seis novos corpos sem vida dos escombros do hotel devastado seis dias antes por uma avalanche na Itália, anunciaram nesta terça-feira os meios de comunicação italianos, citando as autoridades locais.
Com estas novas vítimas, sobe para 12 o número de pessoas mortas na catástrofe, e cai para 17 a quantidade de desaparecidos, entre os quais os socorristas seguem esperando encontrar sobreviventes, além dos 11 que já foram resgatados com vida.
Enquanto prosseguiam as operações de resgate, a justiça italiana investigava o ocorrido para determinar se a catástrofe poderia ter sido evitada no hotel Rigopiano, situado na zona montanhosa dos Abruzos, no centro da Itália.
Um dia após uma enorme avalanche atingir o edifício, foi aberta uma investigação por homicídio culposo para determinar se todos os riscos haviam sido levados em conta, tanto na construção do hotel quanto no desenvolvimento dos acontecimentos de quarta-feira.
Na sexta-feira e no sábado, os socorristas resgataram vários sobreviventes, que explicaram ter passado mais de 48 horas na escuridão, no frio e no silêncio, comendo neve para aplacar a sede.
Apesar de ter aberto novos pontos de acesso, as operações avançavam desde então lentamente, frequentemente sem máquinas para evitar um desabamento interno do edifício.
24/01/2017 - 12:15

Os socorristas retiraram na noite de segunda-feira seis novos corpos sem vida dos escombros do hotel devastado seis dias antes por uma avalanche na Itália, anunciaram nesta terça-feira os meios de comunicação italianos, citando as autoridades locais.
copiado   https://www.afp.com/pt/n

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