Odebrecht mira pelos menos 150 políticos, diz O Globo; deputados costuram anistia a caixa dois Segundo o jornal, lista de delatados pela empreiteira reúne lideranças políticas como Temer, Lula, Dilma, Aécio, Alckmin e Serra, além dos ministros Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha

Marcelo Odebrecht

Odebrecht mira pelos menos 150 políticos, diz O Globo; deputados costuram anistia a caixa dois

Segundo o jornal, lista de delatados pela empreiteira reúne lideranças políticas como Temer, Lula, Dilma, Aécio, Alckmin e Serra, além dos ministros Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha

Odebrecht mira pelos menos 150 políticos, diz O Globo; deputados costuram anistia a caixa dois

Segundo o jornal, lista de delatados pela empreiteira reúne lideranças políticas como Temer, Lula, Dilma, Aécio, Alckmin e Serra, além dos ministros Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha

Marcelo Odebrecht busca atenuar pena com colaboração à Justiça

O empresário Marcelo Odebrecht e outros 76 executivos do Grupo Odebrecht devem concluir, nesta quinta-feira (24), acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações da Operação Lava Jato e atenuar suas penas na Justiça. Nas negociações pré-delação, que duraram nove meses, diretores da empreiteira fizeram acusações contra líderes de todos os grandes partidos governistas e de oposição.
Segundo o jornal O Globo, pelo menos 130 políticos, entre deputados, senadores, ministros e ex-ministros deverão ser atingidos pelas delações. De acordo com fontes ligadas às negociações, entre os citados estão o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros José Serra (Relações Exteriores), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Conforme a reportagem de Jailton de Carvalho, também estão na mira dos delatores o ex-presidente Lula, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas, Fernando Pimentel (PT), e do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Também há relatos de pagamentos ilegais para as campanhas da ex-presidente Dilma e denúncias contra os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral – Palocci, Cunha e Cabral estão presos em razão de outras acusações na Lava Jato.
De acordo com o Globo, os acordos são considerados devastadores pela importância dos políticos atingidos e pela riqueza de detalhes e provas dos crimes. Cópias de e-mails, extratos bancários e arquivo do chamado setor de propinas da Odebrecht estão entre os documentos reunidos. Nesta quinta, os deputados se reúnem em plenário para votar um pacote anticorrupção. Os parlamentares articulam derrubar quase a totalidade do texto aprovado ontem à noite em uma comissão especial e substituir por outra versão. O objetivo é anistiar os envolvidos em crime de caixa dois, medida que beneficia diretamente os investigados na Lava Jato.
Políticos na planilha
As planilhas apreendidas pela Polícia Federal na casa de um ex-executivo da Odebrecht, no começo do ano, listam repasses a pelo menos 316 políticos de 24 partidos, revelando ser ainda mais longa do que a estimativa inicial onde havia a informação de que 200 políticos haviam sido citados. Os repasses foram feitos nas campanhas municipais de 2012 e para a eleição de 2014. Porém, não se pode afirmar com certeza de que se tratam os números das planilhas. Podem ser doação legal, caixa dois, ou propina.
O material foi apreendido em fevereiro com o então presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro, durante a fase Acarajé da Lava Jato. A lista reúne ministros, caciques da oposição, oito governadores, 16 senadores, 55 deputados, prefeitos e vereadores, entre outros, conforme mostrou o Congresso em Foco.
As delações estão associadas ao acordo de leniência da empreiteira, pelo qual deverá pagar mais de R$ 6 bilhões em multas. Uma parte dos recursos deverá ser destinada aos Estados Unidos e à Suíça. Pela negociação, Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho de 2015, deverá ser punido com dez anos de prisão e progredir para o regime semiaberto a partir de dezembro de 2017. Em seguida, passaria para a prisão domiciliar.
A Odebrecht informou, em nota, que não vai comentar o caso e que tem “compromisso com uma atuação ética, íntegra e transparente, expressa por meio das medidas concretas já adotadas para reforçar e ampliar o programa de conformidade nas empresas do grupo”.
Leia a íntegra da reportagem do Globo
copiado  http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/

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