Siri, Google Now, Cortana: por que assistentes não funcionam bem no Brasil? Última a chegar no Brasil, Cortana aprendeu português mas não entende tudo

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Última a chegar no Brasil, Cortana aprendeu português mas não entende tudo

Larissa Leiros Baroni
Do UOL, em São Paulo
Demorou, demorou muito para que a assistente pessoal da Microsoft aprendesse a falar português. E, agora que finalmente sabe o idioma, a Cortana já chega ao país com desvantagem em relação ao Google Now (Android) --que já possui três anos de experiência com a língua-- e até mesmo em relação à Siri (Apple), que há pouco mais de um ano esbanja os seus conhecimentos em português.
Além de auxiliar em buscas sobre o clima, voos, campeonatos de futebol --tudo com base em informações do buscador Bing--, a Cortana também ajuda com atividades feitas dentro do próprio sistema operacional, como marcar compromissos na agenda, buscar documentos perdidos e a abrir os programas. Faz exatamente tudo o que as outras assistentes fazem, mas com a vantagem de estar inserida no Windows 10.
Ela até lembra a Siri no senso de humor bastante característico e, assim como a maioria dos brasileiros, é louca por novelas e futebol. Pergunte a idade dela, quem é o seu pai e se ela gosta de você e poderá se surpreender com as respostas. A assistente pessoal da Microsoft é capaz inclusive de cantar para você.
Basta dizer "Ei, Cortana", que ela estará pronta para ajudar. Mas, assim como a maioria das assistentes pessoais, ela depende do acesso à internet para realizar a maioria de suas funções e falha em algumas delas. O barulho é sem dúvida o seu menor inimigo.

Fluente, mas nem tanto

Assim como um gringo que acaba de aprender nossa língua, ela apresenta bastante dificuldade para entender gírias e regionalismos --algo que a Siri e o Google Now estão mais habituados. Nem mesmo o tão usual "pra", a Cortana consegue entender como sendo "para". Portanto, é preciso dar preferência à linguagem mais formal para se fazer entender. O ideal é também falar pausado.
Outra desvantagem da Cortana é a falta de interação com aplicativos de terceiros. Algo que a Siri recentemente começou a fazer. Ainda assim a assistente pessoal da Microsoft nasce um pouco mais esperta que a primeira Siri a aparecer no Brasil.
Lembro-me que quando a da Apple aprendeu a falar português, em abril de 2015, era preciso repetir um pedido duas ou três vezes para que ela entendesse. Esse problema não ocorre com tanta frequência com a Cortana, que, ao não entender a sua pergunta, o joga diretamente para o Bing. Mas ainda tem muito a melhorar e a experiência de uso tende a torná-la cada vez mais esperta.

Empurrãozinho dos brasileiros

O desenvolvimento da Cortana, como afirma Gabe Aul, vice-presidente corporativo da Microsoft, contou com a importante contribuição da comunidade brasileira de "insiders", que avaliam as versões para desenvolvedores de todas as atualizações do Windows antes mesmo de elas serem colocadas a disposição dos consumidores finais.
O desenvolvedor de aplicativos Vitor Tavares Norton, 21, foi um dos colaboradores para a atualização de aniversário do Windows 10, que inclui a versão brasileira da Cortana.  "Esse sempre foi um pedido não só meu como de toda a comunidade que representa o Brasil no programa da Microsoft", relatou ele.
O Brasil está entre os três países que mais fornecem feedback para o programa Windows Insider, com um total de 6% das contribuições, perdendo apelas para a China (8%) e para os Estados Unidos (20%).
"Só este ano, recebemos mais de 70 milhões considerações, que resultaram em milhares de alterações nos recursos", diz Gabe. Segundo ele, as melhorias estão relacionadas à abertura do navegador para extensões, ao Menu Iniciar, à Barra de Tarefas e também à Cortana. "Os insiders nos ajudam a garantir que as novas características funcionem muito bem."
copiado  http://www.uol.com.br/

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