Libanês suspeito de financiar o Hezbollah é preso em Foz do Iguaçu
AFP/Arquivos / STR
Ahmed Assad Barakat (D), conduzido pela polícia paraguaia no Palácio de Justiça em Assunção, em 18 de novembro de 2003
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira, o
libanês Assad Ahmad Barakat, suspeito de financiar o movimento xiita
Hezbollah, em Foz do Iguaçu, informou o órgão. Barakat, de 51 anos, foi detido na tríplice fronteira com Argentina e Paraguai e interrogado, informaram agentes da PF.
"De acordo com a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, membros do Clã Barakat realizaram a compra de prêmios no valor de 10 milhões de dólares sem declarar os valores, em um cassino na cidade argentina de Iguazu, na região conhecida como Tríplice Fronteira. A manobra teria sido feita para lavar dinheiro da organização. O governo argentino congelou bens e valores do clã, que teria ligação com o Hezbollah", aponta o texto divulgado nesta sexta.
Barakat cumpriu seis anos de prisão no Paraguai, por evasão de impostos, e foi liberado em 2008. A partir daí viveu no Brasil e mantém negócios no Paraguai, na Argentina e no Chile, precisou a PF.
Em 1989 tinha obtido nacionalidade paraguaia, mas em 2003 a Suprema Corte de Justiça anulou-a. Contudo, em abril a polícia lhe concedeu um passaporte paraguaio, segundo o governo de Assunção, que investiga o caso.
Em 2006 foi incluído pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em uma lista de indivíduos e entidades que financiam o Hezbollah nesta região fronteiriça.
O Helbollah é um movimento xiita libanês, aliado do Irã.
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