Veja a íntegra da reportagem Em vídeo, deputado admite prática que fere Código de Ética Relator do Código de Mineração, líder do PMDB foi financiado por mineradoras


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Deputado do MDB recruta apoiador na internet por até R$ 9 mil, mostra Folha


Reportagem publicada neste sábado pela Folha de S.Paulo revela que o deputado federal Leonardo Quintão (MDB-MG) lançou um aplicativo de celular para conseguir o recrutamento de até 500 pessoas em sua campanha à reeleição. Os salários, segundo o site dele, chegam a até R$ 9 mil. "A remuneração do cabo eleitoral digital será proporcional ao desempenho, dedicação e cumprimento de metas pelo cabo eleitoral", diz o anúncio virtual.
De acordo com a Folha, a página de Quintão trazia um complexo regulamento, explicando a pontuação, nivelamento dos participantes e penalidades para os que não cumprirem as tarefas. As inscrições, relata a reportagem, seriam realizadas até essa sexta-feira (31). Os escolhidos seriam aqueles que demonstrassem “maior interação e conhecimento nas redes sociais, bem como no engajamento da campanha".
O aplicativo, porém, foi retirado do ar após o deputado ser procurado pelo jornal. De acordo com o site, as ações ocorreriam entre 9 de setembro 6 de outubro, um dia antes da eleição. O caso de Quintão se assemelha ao que envolve outro deputado mineiro, o petista Miguel Corrêa, candidato a senador. Miguel é sócio de empresa suspeita de pagar por postagens favoráveis a candidatos do PT, conforme denúncia feita por uma militante e investigações em andamento feitas pelo Ministério Público Eleitoral.
A ação de marketing de Quintão, no entanto, era feita sem intermediários, pela própria campanha do deputado. Toda comunicação com os divulgadores da campanha seria feita por meio do aplicativo, sem qualquer vínculo empregatício, destaca a reportagem.
A única publicidade permitida na internet pela legislação eleitoral é o impulsionamento de conteúdo, por meio de posts patrocinados em redes sociais e mecanismos de buscas. O pagamento em troca da divulgação de conteúdo positivo é considerado crime eleitoral e está sujeito a multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil.
O deputado respondeu, por meio de sua assessoria, que suspendeu a divulgação do aplicativo para que a Justiça eleitoral ratifique sua legalidade. "O aplicativo foi desenvolvido com o propósito de estabelecer a equipe contratada tarefas relativas a divulgação da campanha do candidato, atividades essas inerentes a função do cabo eleitoral e que abrange ações de panfletagem, tanto de rua como na internet", afirma nota do deputado enviada à Folha.
Veja a íntegra da reportagem
Em vídeo, deputado admite prática que fere Código de Ética Relator do Código de Mineração, líder do PMDB foi financiado por mineradoras 


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